sábado, 23 de outubro de 2010

FASES DO REPARO DE FERIDAS

Fases de uma ferida

O processo de reparo de feridas é uma das mais complexas atividades biológicas que ocorrem durante a vida humana. Nos momentos imediatos, após a injúria, a integridade do tecido necessita ser recuperada.Inicialmente são ativados componentes celulares do sistema imune e a cascata de coagulação sanguínea. Muitos tipos celulares - incluindo células do sistema imune (neutrófilos, monócitos, linfócitos e células dendríticas), células endoteliais, queratinócitos e fibroblastos – participam do processo de cicatrização.

Fase 1: Necrose

Quando há necrose (tecido desvitalizado) e escaras (necrose endurecida) no leito da ferida, a sua remoção (desbridamento) é necessária, pois substâncias tóxicas podem ser liberadas por este tecido, aumentando o risco de infecção e retardo na evolução do processo cicatricial. Neste caso, é recomendado o uso de um curativo que mantenha o meio úmido, como os Hidrogéis, que promovem o desbridamento autolítico ou facilitam o mecânico. A manutenção da umidade no leito da ferida propicia ainda outros benefícios, como redução da dor, pela hidratação de possíveis terminações nervosas expostas e a migração de células necessárias ao andamento do processo de cicatrização. O tratamento da infecção é de extrema importância para que a ferida seja capaz de concluir com sucesso o processo da cicatrização

Fase 2: Inflamação

A fase inflamatória é estabelecida logo após o estabelecimento da injúria. Nessa fase as células do sistema imune, principalmente neutrófilos, macrófagos, linfócitos e células dendríticas, chegam ao leito da lesão para combater possíveis agentes invasores. As células participantes dessa fase liberam mediadores que causam vasodilatação (dilatação dos vasos sanguíneos) e o extravasamento de líquidos, o que caracteriza o exsudato presente na ferida. Neste caso, recomenda-se a utilização de curativos que sejam absorventes e capazes de controlar a infecção.

Fase 3: Granulação

Essa fase é caracterizada pela proliferação e migração de fibroblastos, deposição de matriz de tecido conjuntivo e contração da ferida. Normalmente a ferida se apresenta pouco exsudativa e inicia-se o crescimento do novo epitélio. Para tanto, é importante a manutenção do meio úmido, absorção da exsudação e controle da infecção.

Fase 4: Epitelização

A fase de epitelização consiste na restauração da superfície de um tecido lesado e é obtida pela movimentação dos queratinócitos (células produtoras de queratina) das bordas para o interior da ferida. Para migrarem, as células se aderem ao tecido de granulação. Os queratinócitos, os fibroblastos e outras células contribuem para a formação da matriz extracelular e para a contração das bordas da ferida. Dessa forma, o processo de cicatrização está quase concluído, faltando apenas à fase de remodelamento. Esta etapa ocorre em longo prazo, onde a matriz extracelular é constantemente modificada, até que um novo tecido seja remodelado. Portanto, são indicados produtos que sejam capazes de manter o meio úmido e que impeçam o desenvolvimento de bactérias e traumatismo dos vasos e tecidos neoformados. 

Fonte:infarma.com/ fases de feridas

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