Pneumoconiose é uma doença decorrente da inalação de poeiras, deposição no parênquima pulmonar e a conseqüente resposta tissular.
O pulmão por sua contínua comunicação com o ar atmosférico, com efeito, é, o órgão mais diretamente sujeito a ação nociva, pela inalação de substâncias as mais variadas em espécie e quantidade.
A deposição de poeiras inaladas nas vias aéreas "distais", ou na zona respiratória, propriamente dita (bronquíolos respiratórios, condutos alveolares, sacos alveolares e, especialmente alvéolos ), podem induzir a reações teciduais crônicas , o que caracteriza as pneumoconioses ( pneumo = pulmão; conion = pó).
Do ponto de vista anátomo-patológico, as pneumoconioses podem ser classificadas em formas "colágenas" e "não-colágenas".
Pneumoconioses não-colágenas são devidas a poeira não fibrogênica e têm as seguintes características:
a. A estrutura alveolar permanece intacta.
b. A reação de estroma pulmonar é mínima e consiste principalmente em fibras de reticulina.
c. À reação à poeira e potencialmente reversível.
São exemplos de pneumoconioses não- colágenas as causadas pela poeira de óxido de ferro ( siderose), óxido de estanho (estanhose) e as silicatoses (talco, mica, cimento, caulim, feldspato, lã de vidro, etc.)
Pneumoconioses colágenas caracterizam-se por alteração permanente ou destruição da estrutura alveolar, reação colágena do estroma pulmonar , que vai desde um grau médio até o grau máximo e estado cicatricial do pulmão.
Tais pneumoconioses, podem ser devidas, a poeiras fibrogênicas ou a uma resposta tecidual alterada, a uma poeira não - fibrogênica. Exemplos de pneumoconioses colágenas causadas por poeira fibrogênica são a silicose e a asbestose, enquanto a pneumoconiose dos trabalhadores do carvão, em sua forma complicada (fibrose maciça progressiva ) é um exemplo de uma resposta tecidual alterada a uma poeira relativamente carente de poder fibrogênico.
Na prática é difícil distinguir entre pneumoconioses colágenas e não-colágenas. A exposição prolongada ao mesmo tipo de poeira ( ex: poeira de carvão) pode acabar provocando a passagem da forma não colágena para a colágena. Ademais, a exposição a um só tipo de poeira é cada vez mais rara, enquanto a exposição a poeiras mistas, tendo diferentes graus de potencial fibrogênico, pode resolutar em pneumoconiose que varia entre a forma não colágena e colágena.
FONTES:NTAIPneumoconiose/www.hfalcao.sites.uol.com.br/medicinadotrabalho/pneumo